CNU 2025: nomeações estão previstas para ocorrer entre março e abril de 2026

Em entrevista concedida à Rádio CBN nesta quarta-feira, 30 de abril, a ministra da Gestão e da Inovação em Serviços Públicos, Esther Dweck, explicou que as nomeações da segunda edição do Concurso Nacional Unificado (CNU 2025) estão previstas para ocorrer entre março e abril de 2026, caso a Lei Orçamentária Anual (LOA) seja aprovada dentro do prazo.

A ministra afirmou que o novo certame não terá impacto sobre a primeira edição, pois o número de vagas segue outra lógica e, legalmente, não poderiam ser as mesmas.

Ela também destacou que candidatos não aprovados ou classificados como excedentes no CNU 1 poderão concorrer novamente, além de haver previsão de chamadas adicionais para excedentes da edição anterior.

“Nessa nova edição, são vagas completamente diferentes. São complementares, justamente áreas que não tinham tido concurso na primeira edição, a gente está autorizando agora e vai fazer essa nova, portanto, são outras. As pessoas que fizeram o primeiro podem se candidatar para esse também, pessoas que não passaram ou que estão mesmo no cadastro reserva, porque vale a pena tentar essa outra chance também”

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A ministra também comentou os principais aprendizados da primeira edição, realizada em 2024. A concentração das provas em um único dia foi considerada exaustiva tanto para candidatos quanto para fiscais, o que motivou a mudança no formato: em 2025, o exame será aplicado em dois dias.

O fim dos “sem bolinhas” e o caderno de provas com código de barras para identificação foram outros temas abordados.

“Uma outra coisa que foi muita polêmica no primeiro, que foi a questão de pessoas que marcaram ou não marcaram as bolinhas na prova. Essa foi uma inovação que a gente fez, trazendo uma experiência de outro concurso, que é ter no caderno de provas já um código de barras que identifica quem está fazendo a prova. De uma maneira que, claro, quem vai corrigir não sabe quem é, mas a máquina sabe quem é a pessoa”

Desde 2023, o Ministério da Gestão e da Inovação em Serviços Públicos tem conduzido um processo de reestruturação de cargos na administração federal. Conforme explicou a ministra Esther Dweck, a iniciativa busca substituir cargos considerados obsoletos por funções mais alinhadas às demandas atuais do serviço público. A proposta, segundo ela, é ampliar a possibilidade de atuação dos servidores, permitindo que sejam alocados em diferentes áreas conforme a necessidade dos órgãos.

“A gente quer carreiras mais transversais, servidores que possam ser aproveitados em diversas áreas, porque a gente acha que justamente a característica principal do servidor do futuro é ter capacidade de aprendizado, pela velocidade que as coisas estão mudando. (...) E, com isso, a gente consegue ter servidores que vão ter características de capacidade de aprendizado, vão ter uma formação permanente e vão poder estar sempre atualizados para aquilo que o Estado precisa e a população brasileira precisa”

CNU Segunda Edição

O CNU 2025 ofertará 3.352 vagas em 35 órgãos federais. Do total, 2.180 vagas serão de provimento imediato — 1.672 de nível superior e 508 de nível médio — e outras 1.172 vagas compõem o cadastro de reserva, todas para nível superior. Os cargos estarão organizados em nove blocos temáticos, um a mais que no primeiro concurso.

O cronograma prevê contratação da banca até o fim de junho, publicação do edital e início das inscrições em julho.

As provas objetivas ocorrerão em 5 de outubro e as discursivas serão aplicadas em 07 de dezembro apenas para os habilitados na primeira fase. A divulgação dos resultados está prevista para fevereiro de 2026.