CNU 2025: Ministério da Gestão pede apoio a estados e municípios para aplicação segura do Concurso Nacional Unificado 2

O Ministério da Gestão e da Inovação em Serviços Públicos (MGI) encaminhou ofício a governadores e prefeitos das cidades que sediarão as provas da segunda edição do Concurso Nacional Unificado (CNU 2), solicitando apoio logístico e estrutural para garantir a segurança e a organização da aplicação dos exames.

As provas objetivas estão previstas para o dia 5 de outubro e as discursivas para o dia 7 de dezembro, ambas com abrangência nacional.

O documento, assinado pela ministra Esther Dweck, reforça a necessidade de atenção especial dos gestores locais quanto à data das provas, recomendando que evitem a realização de grandes eventos nos mesmos dias.

Segundo o MGI, a medida visa prevenir congestionamentos, aglomerações e dificuldades logísticas que possam comprometer o deslocamento dos candidatos até os locais de prova.

Além disso, o MGI solicitou apoio na coordenação dos serviços de mobilidade urbana, no controle do tráfego, e na garantia do pleno funcionamento dos sistemas de fornecimento de água e energia.

Essas ações são consideradas essenciais para assegurar a normalidade da operação e a segurança dos participantes durante todo o processo seletivo.

O CNU 2 conta com 761.528 inscrições homologadas em 4.951 municípios brasileiros, abrangendo todas as regiões e capitais do país.

A execução do concurso é coordenada pelo MGI em conjunto com a Escola Nacional de Administração Pública (Enap) e tem como responsável pela aplicação a Fundação Getulio Vargas (FGV).

A operação envolve ainda a articulação com órgãos públicos federais, estaduais e municipais, incluindo forças de segurança, instituições de ensino, órgãos de trânsito e demais entidades que compõem a infraestrutura necessária para o certame.

O ofício do MGI também informa que a equipe técnica da pasta está à disposição dos estados e municípios para prestar esclarecimentos e contribuir nas articulações necessárias para o sucesso da operação.

O ministério reforçou o caráter colaborativo da iniciativa e a importância da mobilização conjunta para garantir uma aplicação segura, eficiente e dentro dos padrões exigidos.

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Datas e horários das provas

Segundo o edital do CNU 2, os exames seguirão o horário oficial de Brasília, com variações de tempo conforme o nível do cargo:

Para cargos de Nível Superior:

• Prova objetiva: 5 de outubro, das 13h às 18h
• Prova discursiva: 7 de dezembro, das 13h às 16h

Para cargos de Nível Intermediário:

• Prova objetiva: 5 de outubro, das 13h às 16h30
• Prova discursiva: 7 de dezembro, das 13h às 15h

Os locais de prova serão disponibilizados no Cartão de Confirmação de Inscrição, que estará acessível aos candidatos a partir de 22 de setembro, por meio da área do candidato na página oficial da FGV.

Distribuição regional e perfil dos inscritos

A segunda edição do Concurso Nacional Unificado oferece 3.652 vagas distribuídas entre 32 órgãos e entidades da administração pública federal.

As regiões com maior número de inscritos são o Sudeste (247.838) e o Nordeste (229.436), seguidas pelo Centro-Oeste (150.870), Norte (84.651) e Sul (48.733).

As mulheres representam 60% do total de pessoas inscritas e são maioria em todas as regiões.

No estado do Rio de Janeiro, por exemplo, das 108.828 inscrições homologadas, 68.317 são de mulheres, o que representa 63% do total.

O CNU 2 prevê ajustes técnicos nos critérios de classificação para garantir representatividade de gênero nas fases seguintes, caso a participação feminina em determinados cargos ou especialidades fique abaixo de 50%.

Esse ajuste, contudo, não altera a ordem de classificação final, que continua sendo baseada no mérito, sem exclusão de candidatos previamente classificados.

Inclusão e cotas

O CNU 2 também é o primeiro concurso a implementar plenamente os percentuais estabelecidos pela nova Lei de Cotas (Lei nº 15.142/2025), que determina a reserva de 30% das vagas para grupos historicamente sub-representados. Do total, 25% são reservados para pessoas negras, 3% para indígenas e 2% para quilombolas.

Ao todo, foram homologadas 252.596 inscrições de candidatos que se autodeclararam pertencentes a esses grupos.

Dentre esses, 210.882 se identificaram como pessoas negras, o que corresponde a 27,7% do total de inscritos.