CNU 2025: Governo amplia carreiras transversais na administração federal com estreia no Concurso Nacional Unificado
A ampliação das chamadas carreiras transversais – aquelas que permitem alocação de servidores em diferentes órgãos da administração pública federal – é uma diretriz crescente no governo federal e ganhará um novo marco com o Concurso Nacional Unificado (CNU) de 2024, previsto para 5 de outubro.
O assunto foi tema de reportagem da Folha de São Paulo neste final semana.
Atualmente, servidores com atuação transversal somam menos de 5.000, num universo de 550 mil ativos, segundo dados do Ministério da Gestão e da Inovação em Serviços Públicos (MGI)
A expectativa, no entanto, é que esse modelo se expanda nos próximos anos. “Esses cargos com mobilidade são uma forma de fazer ajustes da quantidade de servidores pelos diferentes órgãos conforme a necessidade”, afirmou à Folha o secretário de Gestão e Inovação do MGI, Roberto Pojo.
De acordo com Pojo, a mobilidade visa proporcionar aos servidores uma trajetória com experiências diversificadas, contribuindo para o fortalecimento de redes de contato capazes de colaborar na resolução de problemas do Estado.
Atualmente, o tempo médio de permanência dos servidores transversais em cada posto é de 4,5 anos.
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ATDS e ATJD
Duas novas carreiras transversais estrearão no CNU deste ano: a de Analista Técnico de Desenvolvimento Socioeconômico (ATDS) e a de Analista Técnico de Justiça e Defesa (ATJD).
Segundo Pojo, ainda está em discussão a criação de uma terceira função com esse perfil: Analista Técnico Administrativo.
Cada uma das novas carreiras vai ofertar 250 vagas no edital da segunda edição do Concurso Nacional Unificado, previsto para julho de 2025.
Importante lembrar que essas carreiras passam por curso de formação para os aprovados nas provas objetivas, discursivas e de títulos no Enem dos Concursos.
Mobilidade
A temática da mobilidade é central no modelo das carreiras transversais e também está no histórico de outras funções do serviço público.
Segundo Paulo Kliass, dirigente da Associação Nacional dos Especialistas em Políticas Públicas e Gestão Governamental (ANESP) e integrante da carreira transversal de Especialista em Políticas Públicas e Gestão Governamental (EPPGG), essa lógica faz parte do próprio desenho da função. “Nunca passei mais de três anos em um mesmo local”, afirmou à Folha.
Kliass já trabalhou na Casa Civil, na Anvisa, no Ministério do Planejamento, no Ipea e em outros órgãos.
O cargo de EPPGG foi a primeira carreira transversal da administração pública federal, criada no fim da década de 1980.
Para Kliass, ainda é cedo para avaliar o impacto e o funcionamento das novas carreiras transversais que estrearão no CNU.
Ele destaca que os cargos não representam aumento de vagas, mas sim um reaproveitamento de postos considerados obsoletos pelo governo. “Foi um remanejamento de postos que o governo considerava obsoletos”, explicou.
Ele lembra que algumas carreiras possuem atribuições mais vinculadas a órgãos específicos, como a de analista técnico de comércio exterior, diretamente ligada ao Ministério do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços (Mdic).
A proposta das novas carreiras, por outro lado, é manter a lógica da transversalidade com vistas à maior flexibilidade na alocação de servidores.
CNU 2025
A segunda edição do Concurso Nacional Unificado vai ofertar 3.352 vagas distribuídas em 35 órgãos federais.
Do total, 2.844 vagas são destinadas a cargos de nível superior e 508 para nível intermediário.
A divisão contempla 2.180 vagas de provimento imediato e outras 1.172 vagas para preenchimento no curto prazo, logo após a homologação dos resultados.
A estrutura do CNU 2 seguirá o modelo de blocos temáticos. Serão 9 blocos, agrupando cargos relacionados, permitindo que os candidatos indiquem sua lista de preferência dentro do bloco no momento da inscrição.
Entre as principais novidades da segunda edição está a realização das provas em duas datas distintas.
No primeiro dia de aplicação, previsto para 5 de outubro, todos os candidatos inscritos farão as provas objetivas.
O segundo dia, programado para 7 de dezembro, será destinado exclusivamente às provas discursivas, realizadas apenas pelos candidatos habilitados e convocados na primeira fase.
A convocação para a segunda etapa será feita para candidatos classificados em até nove vezes o número de vagas disponíveis para cada cargo, abrangendo ampla concorrência e as cotas para pessoas negras e pessoas com deficiência.
Cronograma Previsto – CNU 2025
- Publicação do edital e abertura das inscrições: Julho de 2025
- Aplicação da prova objetiva: 5 de outubro de 2025
- Aplicação da prova discursiva (para habilitados na 1ª fase): 7 de dezembro de 2025
- Divulgação dos resultados finais: Fevereiro de 2026
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