CNU 2025: veja como foi a live do MGI para tirar dúvidas
O Ministério da Gestão e da Inovação em Serviços Públicos (MGI) realizou uma live de "Tira Dúvidas", nesta sexta-feira, 04 de julho, com foco exclusivo na segunda edição do Concurso Nacional Unificado (CNU 2).
A transmissão, conduzida por Ana Guimarães da assessoria de
comunicação do MGI e pelo especialista em políticas públicas e gestão
governamental Pedro Assunção, teve como objetivo principal esclarecer questões
sobre o período de inscrições, que segue até 20 de julho.
O MGI informou que as dúvidas prioritariamente respondidas
foram as enviadas previamente pelas redes sociais, reiterando que o foco era o
CNU 2, sem abordar questões da primeira edição do concurso (CNU 1).
Diferenças de Cargos e as Vagas de Analista
Técnico-Administrativo
Pedro Assunção iniciou a live esclarecendo a oferta de mil
vagas de Analista Técnico-Administrativo no CPNU 2, mesmo com o cadastro de
reserva do CNU 1 ainda em andamento.
Ele explicou que os cargos ofertados no CNU 2 são
diferentes daqueles do CNU 1, seja por serem para órgãos distintos
ou por terem atribuições específicas, e que a lei impede a abertura de
novos concursos para vagas já em concursos com validade.
Assunção garantiu que o cadastro de reserva de analista
técnico-administrativo do CNU 1 "ainda vai rodar", respeitando a
ordem de classificação.
Em relação às mil vagas de analista
técnico-administrativo no CNU 2, ele explicou que esse número "não está
exatamente fechado" e "pode ser maior", estando relacionado ao
trabalho de "dimensionamento da força de trabalho" do MGI.
A opção por "cadastro de reserva" para essas mil
vagas de ATA, com lotação no MGI mas atuação transversal em outros órgãos,
ocorreu justamente porque o número exato "não tinha certeza" e
depende do trabalho de dimensionamento, com expectativa de provimento logo após
o resultado do concurso, ou "possivelmente um pouco mais".
Regras de Inscrição e a Estrutura do Edital
Sobre as regras de inscrição, Assunção foi enfático: o
candidato "só pode se inscrever para um bloco" temático, o que
exige uma reflexão sobre a vocação e a formação profissional.
Questionado sobre o Bloco 5, ele esclareceu que o eixo
temático é "Gestão Governamental", com detalhes de conteúdo
especificados no edital.
O especialista reforçou que a leitura atenta do edital é
a "primeira tarefa" para os candidatos, pois o documento "é
uma norma estabelecida entre o candidato e a banca aplicadora".
Ele destacou que, diferente do CNU 1 (com oito editais
separados), o CNU 2 possui um único edital com nove anexos, unificando
as regras gerais e permitindo o aprofundamento em cada bloco.
Cargos de Nível Intermediário e Exigências de Formação
Para os cargos de nível intermediário, o CNU 2 trouxe
uma novidade: agora são dois blocos distintos, justificados pelas
especificidades das vagas.
Um bloco é focado em áreas da saúde, onde "boa
parte dos cargos disponíveis exigem uma formação técnica específica", como
Técnico de Enfermagem.
O outro bloco é voltado para cargos de regulação, nos
quais, em sua maioria, "só o ensino médio já é pré-requisito
suficiente".
Assunção reiterou que a exigência de formação (nível médio
comum ou técnico especializado) varia de cargo a cargo, e a informação
detalhada está no edital.
Áreas Afins e Avaliação de Títulos
Respondendo sobre "áreas afins" para exigência de
formação, Pedro Assunção explicou que essa não é uma novidade do CNU e se
relaciona à expansão do ensino superior com novos cursos, como o ReUni.
Para saber se uma formação se aplica, o candidato deve analisar
o conteúdo programático do seu curso em relação à formação exigida.
A análise final da pertinência da formação é dos órgãos
supervisores de cada cargo.
Ele também confirmou que "sim, vai haver"
avaliação de títulos para "alguns cargos", conforme previsão do
edital, e que os candidatos devem verificar se isso se alinha à sua trajetória.
Em relação à segunda graduação como título, ele explicou que
"não vale para todos os blocos temáticos, nem para todos os cargos",
sendo válida para "poucos cargos" e com pontuação "não
expressiva", uma escolha dos comitês consultivos dos órgãos supervisores,
não do MGI.
Abrangência Nacional, Cadastro de Reserva e Etapas da
Seleção
Sobre a concorrência, o especialista confirmou que "a
concorrência é com o Brasil todo", reforçando o objetivo de
democratizar o acesso e "transformar a burocracia federal, os servidores
públicos federais, na cara do Brasil".
Ele confirmou a existência de cadastro de reserva,
agora chamada de "lista de espera", na lógica de que os candidatos
que ficarem "em até duas vezes o número de vagas" poderão ser
chamados, dependendo da classificação.
Assunção esclareceu que o número de "nove vezes o
número de vagas" se refere às pessoas que estarão "qualificadas a
fazer a sua prova dissertativa", enquanto o cadastro de reserva é "de
duas vezes o número de vagas", ou seja, "é uma peneira
sucessiva" para definir os aprovados imediatos e os que comporão a lista
de espera.
Inclusão e Diversidade: Idade, PCD e Equilíbrio de Gênero
Para a pergunta de uma candidata de 64 anos sobre a
possibilidade de inscrição, Pedro Assunção foi categórico: "Claro que
você pode."
A única limitação é a aposentadoria compulsória aos 75
anos, pois "uma pessoa não pode entrar se aposentando".
Ele desmistificou a ideia de que o serviço público é para
quem busca se aposentar rapidamente, focando em pessoas "vocacionadas a
efetivamente pensarem como fazer políticas públicas melhores".
Em relação às vagas reservadas para Pessoas com
Deficiência (PCD), ele afirmou que o percentual de 5% está previsto na
Constituição Federal e segue as previsões legais.
Sobre a dúvida da "reserva de vagas para
mulheres", ele esclareceu que "não é cotas", mas uma
"iniciativa" para "buscar equilibrar o número de mulheres em
relação ao de homens" que farão as provas dissertativas.
Essa medida visa, segundo o MGI, corrigir um padrão
histórico onde mulheres, apesar de maioria nas inscrições, foram minoria nas
aprovações, sem desclassificar homens, e busca um "maior equilíbrio entre
homens e mulheres" entre os aprovados.
Atendimento Especializado e o Propósito do Servidor
Público
Para casos como dislexia, Assunção distinguiu "reserva
de vagas" (disciplinadas por lei) de "atendimento
especializado".
Dislexia não se enquadra em cotas, mas dá direito a atendimento
especializado no momento da inscrição, que será avaliado pela banca
aplicadora e pode ser objeto de recurso, com os detalhes especificados no
edital.
Ele reforçou que o "servidor é uma pessoa que
serve", destacando a importância de estar "a serviço do interesse
público".
Teletrabalho, Lotação e Cargos Estratégicos
Sobre o teletrabalho, Pedro Assunção explicou que ele
existe no serviço público, mas não é permitido para quem está ingressando,
especialmente durante o estágio probatório.
Um decreto recente exige a presença física nesse período
para o aprendizado e avaliação contínua do servidor.
A possibilidade de escolher a cidade de trabalho
varia. Algumas vagas têm localidade definida ("algumas vagas sim"),
mas para a maioria delas, a lotação é em Brasília, especialmente no MGI,
pois o interesse é da administração pública que abre as vagas.
Ele também destacou a criação de duas novas carreiras
transversais importantes: Analista Técnico de Justiça e Defesa (Bloco 7), para
manter a memória institucional em ministérios como Justiça e Defesa, e Analista
Técnico de Desenvolvimento Socioeconômico (Bloco 6), para lidar com o desafio
de dar racionalidade a orçamentos fragmentados por emendas parlamentares,
transformando-os em políticas públicas de longo prazo.
Isenção de Taxa de Inscrição: Prazos e Comprovação
Por fim, sobre a isenção da taxa de inscrição, com
prazo exíguo e término em 8 de julho, Assunção informou que podem
solicitar: pessoas com inscrição ativa no CadÚnico, doadores de medula
óssea, ex-bolsistas do ProUni e ex-financiados pelo Fies.
Para o CadÚnico, a averiguação se dá pelo CPF, não mais pelo
NIS. Para doadores de medula óssea, será consultado o banco de dados do Redome
(Instituto Nacional do Câncer), mas também será permitida a submissão de
documentação de "outros lugares", que será verificada rigorosamente
para evitar fraudes, com a participação da ABIN e da Polícia Federal em todas
as etapas do concurso.
A consulta de bases do MEC para ProUni e Fies está em
andamento para esclarecer casos de bolsas/financiamentos ativos.
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🗓️ Cronograma CNU 2025
📥 Inscrições: 02 a 20/07/2025
💳 Pagamento da taxa: até 21/07/2025
📝 Solicitação de isenção da taxa: 02 a 08/07/2025
🧠 Prova objetiva: 05/10/2025 (vespertino)
📢 Resultado da objetiva + convocação para a discursiva: 12/11/2025
📚 Envio de títulos: 13 a 19/11/2025
✍️ Prova discursiva: 07/12/2025 (vespertino)
🧾 Confirmação de cotas: 30/11 a 08/12/2025
📈 Divulgação da 1ª lista de classificação: 30/01/2026
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