CNU 2025: seminário Internacional debate certame e avanços nos concursos públicos
O Ministério da Gestão e da Inovação em Serviços Públicos (MGI) abriu nesta segunda-feira, 02 de junho, em Brasília, o Seminário Internacional de Concursos Públicos.
O evento reúne especialistas, servidores e autoridades
públicas para discutir os desafios e perspectivas dos concursos públicos no
Brasil, com foco no Concurso Nacional Unificado (CNU), cuja nova edição está
prevista para 2025.
Durante a cerimônia de abertura, a ministra da Gestão,
Esther Dweck, destacou a importância do CNU para suprir a escassez de
servidores em diversas áreas da administração pública federal.
“Em diversas áreas, a ausência de pessoas era muito grande.
Tinha uma escassez enorme, principalmente na área de direitos humanos. As
pessoas tinham fugido dessas áreas, com uma perda líquida de mais de 70 mil
servidores”, afirmou.
Além da superação de desafios logísticos, a ministra
celebrou os avanços na inclusão e diversidade alcançados na primeira edição do
concurso.
“Conseguimos o preenchimento das vagas de cotas acima do
piso. Entre pessoas negras, com deficiência e indígenas, tivemos 33% de
aprovados, que é acima do percentual mínimo”, ressaltou.
Debate sobre inclusão e transformação social
A ministra da Igualdade Racial, Anielle Franco, também
participou da abertura e destacou o papel do serviço público na promoção da
equidade.
“Estar à frente de cargos, como o que exerço, e lembrar
sempre de onde a gente veio dá um orgulho danado. Saber que a gente está
mudando a vida de muitas pessoas através do concurso público é fundamental”,
declarou.
A presidente da Escola Nacional de Administração Pública
(Enap), Betânia Lemos, relembrou o papel essencial dos servidores durante
momentos críticos recentes do país.
“Conseguimos garantir a vacina no braço das pessoas, a
assistência social e os hospitais funcionando, porque tínhamos servidores
públicos trabalhando.”
Eveline Brito, ouvidora da Controladoria-Geral da União
(CGU), classificou o seminário como um marco inovador.
“Esse seminário é, antes de tudo, um ato de coragem e de
inovação. Estamos falando de uma das mais nobres missões do Estado: selecionar
com justiça e excelência as pessoas que irão servir à sociedade. Servir é
cuidar. Quem é servidor público cuida das pessoas. Se não enxergar essa missão,
não é para ser servidor público.”
Projeções para o CNU 2025
O seminário também serve como espaço para apresentação das
diretrizes e perspectivas da próxima edição do Concurso Nacional Unificado,
prevista para 2025.
O novo certame contará com 3.652 vagas, distribuídas
entre 36 órgãos, com destaque para a criação da carreira de Analista Técnico
de Desenvolvimento Socioeconômico (ATDS), com 250 vagas ofertadas no CNU 2.
A distribuição de vagas do CNU 2025 inclui oportunidades
regionalizadas: 315 no Rio de Janeiro, 65 em São Paulo, 66 no
Pará e 20 em Pernambuco.
O processo seletivo será estruturado em um único edital
unificado, com 9 blocos temáticos.
Segundo o cronograma previsto, a contratação da banca
organizadora deve ocorrer até o final de junho, com publicação do
edital e abertura das inscrições em julho.
Modernização, provas on-line e lançamento de obra
Durante o evento, temas como logística de aplicação de
provas, judicialização, ações afirmativas e a possibilidade
de provas on-line estão em pauta.
Um dos destaques da programação é o lançamento do livro A
Saga do CPNU, que detalha os bastidores da primeira edição do concurso,
considerada a maior da história do país.
O Seminário Internacional de Concursos Públicos segue até
esta terça-feira (3/6), com painéis voltados à modernização dos processos
seletivos e à qualificação do serviço público brasileiro.
Confira a tabela atualizada com os órgãos e cargos participantes na segunda edição do CNU em 2025: CLIQUE AQUI!
Assista ao Seminário Internacional de Concursos Públicos: CLIQUE AQUI!
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