Acionada urgência constitucional para acelerar reajuste de servidores federais
O governo federal acionou o mecanismo de urgência constitucional para garantir a tramitação acelerada do projeto de lei (PL) que trata do reajuste salarial dos servidores públicos efetivos e comissionados da União.
A medida foi confirmada nesta terça-feira (8/4) pelo líder
do governo na Câmara dos Deputados, José Guimarães (PT-CE), em coletiva de
imprensa.
O regime de urgência constitucional está previsto na
Constituição Federal e permite que o Presidente da República solicite
celeridade na análise de projetos de sua iniciativa.
A iniciativa ocorre diante da iminente perda de validade da
medida provisória (MP), editada em dezembro de 2024, que previa o mesmo
reajuste, mas que não avançou no Congresso Nacional.
Segundo Guimarães, a tramitação por meio de um PL foi
definida em comum acordo com o presidente da Câmara, Hugo Motta
(Republicanos-PB), como alternativa para evitar prejuízos aos servidores. “É um
PL fundamental por conta do reajuste que foi negociado com todas as categorias
e está na LOA [Lei Orçamentária Anual] que vai ser sancionada na sexta-feira
pelo presidente Lula. Portanto, tem urgência da aprovação dessa urgência e
também da aprovação em plenário”, afirmou o parlamentar.
Veja a coletiva Aqui! Clique e Assista!
O que diz a proposta enviada ao Congresso?
O projeto encaminhado pelo governo reúne 38 acordos firmados com diferentes
segmentos do serviço público federal. Entre os principais dispositivos do texto
estão:
- A
aplicação de reajuste salarial retroativo a janeiro de 2024;
- A
criação de novas carreiras, como a de Analista Técnico de Desenvolvimento
Socioeconômico (ADTS)
- A
reorganização de cargos e funções de confiança;
- A
modificação das regras de progressão funcional, exigindo um período maior
para alcançar os níveis mais altos das carreiras.
Essas alterações geram impacto fiscal estimado em R$ 17,9
bilhões no exercício de 2025 e de R$ 8,5 bilhões em 2026, considerando todos os
efeitos sobre vencimentos, gratificações e funções comissionadas.
Mesmo com a necessidade de aprovação legislativa, o governo
já anunciou que pretende efetuar os pagamentos reajustados em 2 de maio. Os
valores serão processados na folha de abril, com aplicação retroativa a janeiro
deste ano.
Para servidores ocupantes de cargos comissionados ou de
funções específicas, o reajuste será aplicado a partir do mês de fevereiro.
A dotação orçamentária para esses desembolsos consta na Lei Orçamentária Anual (LOA) de 2024, que foi aprovada pelo Congresso Nacional e deverá ser sancionada até esta sexta-feira (11/4) pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva.
O atual conjunto de medidas é considerado o mais extenso desde 2015, ano em que
houve acordos semelhantes durante o governo da então presidente Dilma Rousseff.
Em 2023, os servidores civis federais tiveram reajuste
linear de 9%. Já neste ano, o Executivo optou por negociações individualizadas
por categoria, o que resultou em um pacote mais detalhado, envolvendo
alterações estruturais e a criação de novos cargos.
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