MP reajusta salários de servidores e cria novas carreiras
O governo federal publicou a Medida Provisória nº 1.286, de 31 de dezembro de 2024, que consolida a reestruturação salarial e a reorganização de carreiras no Poder Executivo Federal.
A medida impacta todos os servidores públicos federais, com reajustes previstos para 2025 e 2026, além da criação de novas carreiras e transformação de cargos obsoletos.
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Reajustes salariais e impacto fiscal
A MP estabelece ajustes salariais em duas etapas. Em 2025, o impacto primário no orçamento será de R$ 16,2 bilhões, enquanto o impacto financeiro alcançará R$ 17,9 bilhões.
Já para 2026, os valores serão reduzidos para R$ 8 bilhões e R$ 8,5 bilhões, respectivamente.
Esses valores já estavam previstos no
Projeto de Lei Orçamentária Anual (PLOA) de 2025, garantindo que as
alterações estejam alinhadas com o arcabouço fiscal e os limites
de despesas primárias, segundo o Ministério da Gestão e da Inovação em Serviços Públicos (MGI).
De acordo com a ministra da Gestão, Esther Dweck, o crescimento das despesas com pessoal ficará abaixo do limite máximo estipulado pelo arcabouço fiscal. "Estamos respeitando todas as regras fiscais, mantendo estabilidade no gasto com pessoal como proporção do PIB", destacou.
Modernização de cargos e criação de novas carreiras
A MP transforma 14.989 cargos vagos ou obsoletos em 15.670 novas vagas alinhadas às demandas atuais. Destas, 70% serão destinadas à educação, com foco nos 100 novos institutos federais previstos.
Além disso, foram criadas duas carreiras transversais que, segundo o MGI, atenderão à administração pública de forma mais eficiente e moderna, sem impacto orçamentário.
Entre as inovações, destaca-se a criação da
carreiras de Desenvolvimento
Socioeconômico e de Desenvolvimento das Políticas de Justiça e Defesa.
Reestruturação de progressão e avaliação de desempenho
Uma das principais mudanças trazidas pela MP é a modernização do Programa de Gestão de Desempenho (PGD) e do Sistema de Desenvolvimento de Carreiras (Sidec).
Agora, os servidores serão avaliados ao longo de toda sua trajetória funcional, com critérios claros para progressão e promoção, incluindo:
Resultados obtidos em avaliações individuais.
Aproveitamento em capacitações e titulações.
Exercício em funções de confiança e unidades prioritárias.
Tempo de serviço no cargo.
A nova estrutura prevê ainda incentivos para servidores com desempenho excepcional, que poderão acelerar sua progressão na carreira em até dois níveis durante sua vida funcional.
Impactos na estrutura de liderança e cargos comissionados
A MP também reestrutura cargos de alta liderança, ajustando suas remunerações à complexidade das funções.
Até 2026, as remunerações desses cargos, em relação ao salário de ministro de Estado, serão elevadas gradualmente.
Por exemplo, a remuneração de secretários-executivos e presidentes do Banco Central passará de 42,92% para 68,84%.
De acordo com o MGI, essa mudança busca corrigir uma defasagem histórica, conforme apontado em estudo de 2015.
A valorização desses cargos é essencial para atrair e reter talentos qualificados, especialmente em funções estratégicas de assessoramento e gestão de políticas públicas.
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Negociações e acordos com servidores
A MP concretiza os 42 Termos de Acordo firmados em 2024 entre o governo e entidades representativas dos servidores.
Essas negociações, conduzidas pela Mesa Nacional de Negociação Permanente (MNNP), incluem recomposições salariais e mudanças estruturais nas carreiras, como o aumento de 27% nas remunerações acumuladas entre 2023 e 2026.
Além disso, foram instalados 17 Grupos de Trabalho temporários para tratar de temas não abordados nos acordos iniciais.
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